sábado, 18 de outubro de 2008

Show da língua portuguesa!

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

“Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.”

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem ele deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:

Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:

Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

sábado, 11 de outubro de 2008

Tirem o doente de lá!

Quando o doente se encontra em fase terminal, não adianta levá-lo para uma UTI e submetê-lo a aplicações desordenadas de medicamentos.

A crise financeira que o mundo atravessa apesar de previsível, suas conseqüências foram avolumadas devido os governos dos Estados Unidos e da Europa não terem conseguido sensibilizar, no momento oportuno, os poderes legislativos e a população para implantar medidas necessárias ao enfrentamento.

O dinheiro que ainda não virou pó em instituições falidas e nas bolsas de valores em todo o mundo está empossado em bancos que não mostram disposição para repassá-los aos clientes, até que o vento comesse a soprar favorável e limpe as nuvens que impede visualiza-se o horizonte.

Por mais que os governos coloquem recursos no mercado o efeito sobre a economia real tem sido tímido para não dizer nenhum. Com isso a recessão na Europa, nos Estados Unidos, e na Ásia já deu sinais. A população já parou de consumir.

A quebra do banco Lehman Brothers nos Estados Unidos, induzido pelo próprio tesouro americano para justificar que já existia um defunto no armário e, portanto, precisava que o congresso aprovasse o pacote enviado por Bush, terminou sacudindo a credibilidade bancária. O tiro saiu pela culatra.
É bom que se diga que sem credibilidade o mercado financeiro não voltará a funcionar com normalidade, e o descuido de Bush com o doente Lehman Brothers terminou atrapalhando a credibilidade esperada, após a divulgação da injeção de recursos.

Não é difícil ouvir citações de economistas que a crise já chegou ao Brasil. Fico em dúvida se o presidente, ao fazer declarações otimistas, ainda não tomou consciência do fato; se quer enganar o povo; se está impregnado com o sucesso econômico dos últimos anos e a ficha ainda não caiu; ou se ainda não desceu do palanque das campanhas? Quero acreditar que ele consegue entender tecnicamente o que está ocorrendo, porque negar esta crença é reconhecer o risco que estamos corremos. Dizer que o Natal será muito bom e o Ano Novo será excelente é afirmação insensata.

O Brasil tem a vantagem de produzir produtos agrícolas que continuarão sendo necessários aos povos e ao consumo interno, contudo os preços destas commodities no mercado externo estão despencando e as contas públicas certamente ficarão no vermelho este ano e também em 2009, apesar da carne, da soja e de outros produtos brasileiros continuarem com mercado externo garantido.

Um fato que ajuda a America Latina na crise é a redução do índice de pobreza ocorrido nos últimos anos. Terminou por incluir parte da população no mercado consumidor, especialmente o de alimentos aqui produzidos.
Neste caso a depreciação do valor do real ajudará a compensar parte das perdas dos preços futuros, porém poderá impactar no aumento dos custos já que alguns dos insumos usados na produção agropecuária são importados e depende da variação do dólar.

As dívidas existentes no mundo dos negócios, feitas através de contratos em dólares faz com que a moeda americana se mantenha apreciada, e não perca importância no fluxo dos negócios comerciais, apesar dos recentes acontecimentos.

A taxa de juros Selic mantida no patamar atual possivelmente favorece a queda dos preços das ações na BOVESPA. Não está havendo interesse dos investidores em aproveitar os baixos preços das ações para ampliar suas carteiras. É mais fácil e seguro ganhar menos dinheiro, agora, com CDB e títulos do governo federal do que aventurar comprar ações para arriscar ganhos futuros.
Enquanto os investidores externos vendem suas ações para pagar compromissos no exterior os brasileiros mantêm as posições para não realizar prejuízos.

Enganam-se os que se consideram fora da crise, porque de alguma forma serão atingidos.
O doente está na UTI e os governos não sabem como tirá-lo de lá! É bem provável que surja uma nova ordem mundial...