domingo, 24 de fevereiro de 2008

A Saga da Mordaça Cubana

Em 1868 Céspedes promoveu um levante contra o governo espanhol e proclamou a independência de Cuba. É lógico que o intento não deu certo. Não se combatia a Espanha com duzentos homens despreparados e escravos libertados de supetão.

As tropas espanholas retomaram o controle, Carlos Céspedes foi deposto, e a Espanha deu continuidade à exploração dos metais preciosos, e ao controle sobre os latifúndios açucareiros.

Depois que um navio americano explodiu no porto cubano, os Estados Unidos tiveram o álibi para declarar guerra, e expulsar os espanhóis, colocando-se como a “tábua de salvação” de Cuba.
A cobrança veio logo a seguir. McKinley, presidente dos Estados Unidos à época, assinou uma Resolução declarando Cuba independente, e nomeou o general americano Johon Brooke governador, que teve a incumbência de implantar medidas econômicas que beneficiaram os Estados Unidos, e os americanos que se instalaram na Ilha. Posteriormente fez incluir na Constituição cubana a ”Emenda Platt” garantindo aos americanos interferirem no país quando seus interesses fossem ameaçados.

Depois de muitas desilusões, os movimentos sociais se proliferaram, e culminou com a ascensão de Fidel Castro ao poder.
Foi então que os americanos raivosos excluíram comercialmente Cuba do mapa, e o açúcar produzido sobrou nas mãos da União Soviética por interesse da guerra fria com os Estados Unidos. O regime de Fidel conseguia sobreviver devido o interesse da Rússia e dos seus parceiros em ter um território próximo à América, para instalarem as suas bases militares.

Agora, fora o ditador Hugo Chaves que fornece petróleo subsidiado a Cuba, interessado em aumentar a influência política contra os americanos, os demais tolerantes e simpáticos ao carismático Fidel trocam, apenas, abraços fraternos.
O exemplo da Espanha, dos Estados Unidos e da União Soviética poderá ser seguido pela Venezuela, para impedir as mudanças esperadas pelo mundo, devido à fenda provocada pela enfermidade do homem que fez o povo cubano calar-se por quase cinqüenta anos.
Dos cubanos não se pode esperar muito, já que não conhecem nada mais do que é convenientemente permitido pelo regime.

Afinal, “Quantos anos devem algumas pessoas existir até que sejam permitidas a serem livres?” - Blowin’in The Wind - Bob Dylan.

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