segunda-feira, 19 de maio de 2008
Encontro Cultural - Forró
O Instituto Cultura Brasil promoveu no último sábado o segundo Encontro Cultural para alunos e amigos no café Starbucks (Pedro de Valdívia).
Nesta ocasião a nossa prestigiada oradora Eugênia dos Santos abordou o estilo musical que representa a cultura nordestina brasileira: O forró.
Percorremos a região Nordeste do Brasil analisando todas as contribuições culturais que essa região deu ao país, destacando seus principais expoentes da literatura, música e folclore.
Os participantes puderam cantar a música Asa Branca de Luiz Gonzaga e Feira de Mangaio de Clara Nunes emocionando aos nordestinos presentes e entusiasmando a aqueles que não conheciam o rítimo.
“Adorei o forró, foi a primeira vez que ouvi o estilo e gostei muito, os passos não parecem difíceis e me deu vontade de dançar” comentou nossa aluna de Português nível dois Katalina Fuentes.
Durante a palestra ensinamos alguns passos básicos de “forró de pé de serra”, do ”xaxado”, e do “forró universitário”, este último com os sucessos do grupo Fala Mansa.
Foi mais uma agradável tarde de sábado, aquecendo o café inteiro com o forrozinho gostoso de dançar.
Não percam nosso próximo Encontro Cultural!
Clik em Luiz Gonzaga e Dominguinhos e veja o video dos melhores do forró...
O Show do Djavan em Santiago do Chile.
Djavan já é história, e cada vez que o seu nome soa como visita sabe que o público responde.
Com uma trajetória de mais de 30 anos de carreira, Djavan mostra que é o que povo acredita. Aquele talento brilhante que saiu lá de Alagoas, estado do nordeste brasileiro e, tomou seu rumo em direção a cidade do Rio de Janeiro. Aí foi conhecido, hoje reconhecidamente um “pilar” dentro da MPB (Música Popular Brasileira), mostra que para criar a gente tem juntar tudo e misturar.
Djavan teve uma formação muito diversa, que vai desde Luiz Gonzaga, que é o rei de Baião (a música preciosa da sua região) até os Beatles, passando pelo Jazz, o flamenco, a música do Rio de Janeiro (Samba) e acima de tudo a música africana, através do folclore alagoano e pernambucano. Sua arte vem de tudo isso. E unido a tudo isso, vem a sua maneira pessoal de compor e de criar, vem sua personalidade criativa, diferente. E assim foi o show que apresentou aqui na cidade, cheio de simpatia e sensualidade deixou o público satisfeito com seu ecletismo musical.
Nós do Programa “A hora da saudade”, da Radio Universidade de Santiago, tivemos a oportunidade de estar junto a ele, e ele deixou estas palavras para os nossos ouvintes :
“Vocês da “A hora da saudade”, um alô do Djavan, Santiago é uma cidade maravilhosa e eu espero voltar muitas vezes mais. Um abraço”.
Djavan nos recebeu com muita simpatia e simplicidade, estas qualidades que só tem os grandes. E sendo um dos grandes da nossa música tão potencialmente rica, não teve problema em mostrar junto a sua banda (nove músicos), que é um verdadeiro deus na música e na interpretação.
Nós do ICB (Instituto Cultura Brasil), estivemos aí, e gritamos:
Eugênia dos Santos, nossa coordenadora cultural e condutora do Programa “A hora da Saudade”, pôde conversar com o músico em sua passagem pelo Chile.
domingo, 18 de maio de 2008
A Chanceler e o Negócio da China.
Mesmo assim alguns conseguem driblar a determinação e usam como alternativa não registrar o nascimento do segundo filho, mantendo-o na clandestinidade.
Por isso, diz-se que a população chinesa poderá ser maior do que a divulgada oficialmente.
Dos quase um bilhão e trezentos milhões de habitantes, um Brasil e meio vivem com renda equivalente a quarenta e cinco reais por mês, e a grande maioria da população recebe salário de cento e sessenta reais.
A reserva, aparentemente, inesgotável de mão-de-obra oferecida ao mundo capitalista pelo governo chinês, poderá estar chegando ao fim.
Com a melhoria da economia, a população começou a exigir maiores salários e melhores condições de trabalho, e o regime resolveu modificar as leis trabalhistas para melhor proteger a saúde, a segurança do trabalhador, e o meio ambiente.
Quem não está gostando das mudanças são as empresas multinacionais que usam a mão-de-obra chinesa para baratear os seus custos de produção.
O governo sabe que o caminho a ser trilhado no futuro será o parecido com o da Coréia do Sul e o do Japão: Treinar a mão-de-obra para as indústrias de alta tecnologia.
Esta semana, no Brasil, a chanceler alemã Angela Merkel, de passagem para Lima no Peru, concedeu entrevista dizendo que a Alemanha apoiava o etanol brasileiro, mas que estavam vigilantes para que o aumento da produção de cana não fosse sem o devido cuidado ao meio ambiente, e que os preços competitivos não fossem fruto do pagamento de baixos salários a trabalhadores rurais.
Não defendo baixos salários, condições inadequadas de trabalho, ou degradação do meio ambiente, contudo, ao ouvir os comentários da chanceler me perguntei: Por que as empresas alemãs possuem inúmeras fábricas em território chinês?
Certamente, não é porque gostam dos olhos puxados dos orientais, mas, pelos baixos salários pagos e as péssimas condições de trabalho oferecidas naquele país.
Agora que os chineses começaram a fazer cirurgias plásticas nas pálpebras para tornar os olhos mais “abertos”, e na língua para facilitar a pronuncia do idioma inglês, os compatriotas da chanceler estão planejando mudar suas fábricas para a Índia, Indonésia, e Vietnã, países que ainda oferecem mão-de-obra barata.
O certo é que o chamado “Negócio da China” está para acabar.
Caso os alemães achassem que no Brasil a mão-de-obra realmente é barata, não anunciava, vez por outra, que desejam tirar a fábrica da Volksvagen do país por falta de competitividade.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Ana Carolina
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Encontros Culturais
No dia 17 de maio no Café Starbucks de Pedro de Valdivia, 239 , Providencia, realizaremos nossos “Encontros Culturais”, sempre com a Música Brasileira e sua história. Agora com "Brasil profundo : O forró, Identidades musicais mantidas e perdidas".
O que se chama hoje de forró refere-se, na verdade, a diversos ritmos nordestinos, dentre eles o baião. O forró tem enorme aceitação no Brasil inteiro, mas, assim como outros gêneros musicais, já sofre com a indústria cultural que cria grupos e bandas que diluem a influência nordestina em baladas pop dotadas de apelo comercial.
Luiz Gonzaga nasceu em Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Foi um compositor popular. Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais. Mas foi exatamente aí que ouviu um cabra lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste. Pensando nisso compôs dois chamegos: "Pés de Serra" e "Vira e Mexe". Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941) resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio. Isso abriu caminho para que pudesse vir a ser contratado pela emissora Nacional.
No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.
Venha saber um pouco mais do Brasil e das suas raízes musicais.