A vida de Édith Giovanna Gassion teve tudo para dar errado. E deu.
Antes de tornar-se cantora famosa em Paris teve de suportar a infância vivida durante a primeira guerra mundial.
A falta de cuidado da mãe, o crescimento dentro de um bordel explorado pela avó, o desemprego e o alcoolismo do pai que era artista de circo, não lhe tirou o que tinha de melhor: a voz.
Temporariamente cega, a avó a levou à cidade de Lisieux para visitar o túmulo de Santa Tereza acompanhada de meretrizes que ajudam a criá-la. Ao retornarem, surpreendentemente, a garota voltou a enxergar.
Jovem, resolveu jogar tudo para trás e começar a cantar nas ruas de Montmatre, bairro boêmio de Paris, quando, alcoolizada foi descoberta por um empresário do ramo que lhe batizou com o nome artístico de Edith Piaf (pardal).
Daí em diante, quanto mais sucesso mais boemia, mais droga, mais conflito, até conhecer e apaixonar-se pelo boxeador Marcel Cerdan, que veio a morrer quando, a seu pedido, se deslocava para um encontro.
Daí em diante, mais músicas apaixonadas próprias para a época, mais morfina, mais champagne, até desmaiar no palco do Olympia. Morreu infeliz aos quarenta e sete anos, sem condições de se pôr sozinha de pé, curvada pelo reumatismo e corroída pelo câncer.
O filme estrelado por Marion Cotillard no papel de Piaf, Gérard Depardieu no papel do empresário Louis Lepée, e Jean-Perre Martins interpretando o amante Marcel, prende o telespectador pela história, interpretação e fotografia.
Não bastasse a envolvente história, ouvir Non, Je Ne Regrette Rien (Não, Não Me Arrependo de Nada), e poder imaginar-se nas ruas estreitas e movimentadas de Montmatre - bairro boêmio mais famoso de Paris – ouvindo Edith Piaf , é, sem dúvida, um presente da roteirista Isabelle Sobelman e do diretor Olivier Dahan.
Para quem ainda não assistiu, pode ver aqui algumas cenas
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